domingo, 11 de março de 2012

Música. De novo.


Peço licença à poesia. Mas já disse que no bar tem espaço pra tudo, principalmente pra prosa:

          Ouvir um som pode te levar de volta pra casa. A casa da alma, onde nos sentimos protegidos. Quando ouço um som, uma música (ninguém precisa saber qual é, pois pode ser a mais brega de todas, mas pra você é algo muito maior) me sinto confortado, colo de mãe. Pensar o passado, rever o presente, fingir que adivinha o futuro. Mas isso some, o tempo para, e de repente estou em um sonho. Sonho real, filme da minha vida. Uai, pois a gente não quer trilha sonora da vida? Ouça o som e pense nela, ou faça sua vida ouvindo sua música na cabeça.
         Fazer uma música é fazer com que o outro sinta. Não importa o quê, importa sentir. Não se define o sentimento do outro, porque sua alegria pode ser a tristeza alheia (e o vice-versa também) e por isso a música é assim. O que se foca é o fazer sentir, fazer fluir de um instrumento, de uma voz, o som do silêncio que ecoa do pensamento. Aí se toca um coração. O que seu cérebro monta em cima de um campo harmônico, o coração de outro dispara. Ou para. Só tocando lá pra saber. Na letra, na melodia. Gênero não importa, provar de tudo na música deve ser feito, assim é a evolução das espécies, assim é a evolução da música. Só não vamos deixar nenhuma em extinção, pode ser que lá na frente (vulgo futuro) ainda precisemos dela. Viva. Numa gaita, num toque de tambor, numa batida de lata ou na voz de um cantor. 


Fiquem hoje com essa música interpretada por Luiz Gabriel (do Lusco Fusco, Graveola e o Lixo Polifônico) e Julian Mourin, nesse vídeo com belíssima fotografia.

Julian Mourin y Luiz Gabriel Lopes - La vie



3 comentários:

  1. Falaaa!! Sábias suas palavras, as músicas lembram muita coisa e como opinião pessoal me faz sentir coisas e até eliminar algumas..pode ser de música de novo, mas é de vida sempre! Parabéns cara!

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  2. Valeu demais!!!! E é isso mesmo, quando a música te faz sentir (ou eliminar), é porque ela precisava ser ouvida, ali e na hora. A mágica está quando ela é gravada e você vivencia isso de novo, de novo e de novo. Ao ver sendo tocada ao vivo, se for "aquela" música que você gosta, sendo bem interpretada, te leva pra outro lugar, outro tempo, outra vida. E volte ao Bartner, contribua sempre com sua opinião cara!!!! Receber elogio de veterano é raro!!!!

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  3. hahaha não se acostume kkkkk ! Mas ficou mto bom..entre no http://trajetoriadavida.blogspot.com/ e confira alguns delírios de amor que não são musicas rs abração e segue firme ae com O Bartner.

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